Fenómeno de interação entre o oceano e a atmosfera (do inglês upwelling), em que as águas superficiais quentes se afastam da costa e são substituídas por águas de fundo mais frias e ricas em nutrientes.

Sítios com importância para a conservação das aves à escala global, constituindo uma rede fundamental para a conservação das aves com estatuto de conservação desfavorável. A sua identificação é feita pela BirdLife International através da aplicação de critérios científicos

Animal morto ou moribundo que vem dar à costa devido à ação dos ventos e das correntes marítimas

Conjunto de ecossistemas que possuem um certo nível de homogeneidade entre si.

Ambiente onde a comunidade biótica exerce a sua atividade. Geralmente apresenta regularidade ao nível das condições ambientais e nas populações animais e vegetais. Podem considerar-se biótopos as florestas, os lagos, uma poça de água, as copas das árvores, ou até o dorso dos animais.

Organização Não Governamental (ONG) internacional que promove a conservação das aves, dos seus habitats e da biodiversidade global, tendo representação em 120 países através de outras ONG locais e nacionais. A SPEA é a representante em Portugal da BirdLife International.

Pequeno peixe ósseo da família Engraulidae, cujo nome científico é Engraulis encrasicolus. Também conhecido por anchova.

Termo utilizado para caracterizar as florestas subárticas localizadas a latitudes muito elevadas em torno do pólo norte, compostas maioritariamente por árvores coníferas (pinheiros, abetos, etc.)

Método de alimentação no qual um indivíduo rouba o alimento a outro.

Diretiva europeia (79/409/CEE) para a proteção das espécies de aves no estado selvagem que ocorrem no espaço da União Europeia, através de diversas medidas e da criação de ZPE [Glo50]. O anexo I desta diretiva lista as espécies para as quais devem ser criadas as ZPE [Glo50].

Conduta que efetua a descarga no mar de águas residuais que já sofreram um determinado grau de tratamento numa ET AR. A dinâmica das águas marinhas promove os processos naturais de diluição, dispersão e degradação destas águas.

Designação atribuída em biologia (chamam-se endemismos, do grego endemos, ou seja, indígena) aos seres vivos cuja área de distribuição está confinada a uma região restrita (e.g. a uma montanha, a uma ilha ou a um país).

Designação geralmente atribuída a uma espécie introduzida de forma deliberada ou acidental num determinado local ou região fora da sua área de distribuição original. Consoante a sua adaptação aos novos locais, uma espécie introduzida pode ou não naturalizar-se eproliferar.

Espécie introduzida ou exótica, que por via da sua boa adaptação às novas condições, consegue ter um crescimento excecional da sua população. Este aumento pode ser de tal forma significativo que pode colocar em risco as espécies nativas que com ela partilham os mesmos recursos.

Abreviatura usada para designar estação de tratamento de águas residuais.

Classificação do grau de ameaça de uma espécie consoante as suas probabilidades de extinção. Os critérios para tal classificação seguem geralmente regras internacionalmente reconhecidas, definidas pela União Internacional para a Conservação da Natureza IUCN e baseiam-se no tamanho dos efetivos populacionais, na área de ocorrência e na tendência populacional. Este estatuto pode ser nacional ou internacional.

É o estudo dos fenómenos periódicos dos seres vivos e as suas relações com o ambiente, tais como a temperatura, a luz e a humidade. Alguns destes fenómenos cíclicos são, por exemplo, a migração das aves ou a floração das plantas.

Nome comum genérico atribuído a várias espécies de peixes ósseos do género Ammodytes.

Pequeno aparelho que se coloca nas aves para estudar os seus movimentos de larga escala (geralmente a migração), e que funciona através do registo da intensidade de luz (a partir da qual se estima a duração da noite e a hora do meio-dia local e, consequentemente, a latitude e a longitude em cada dia).

Período geralmente correspondente aos meses de inverno, podendo incluir parte do outono.

Congregação de aves marinhas pousadas na superfície do mar (na maioria das vezes Procellariiformes de médio ou grande porte). Por reunirem um elevado número de indivíduos num espaço relativamente limitado, estes grupos dão a ilusão de se tratarem de jangadas.

Pequenos crustáceos da ordem Euphausiacea encontrados em todos os oceanos. O krill é considerado uma presa importante de muitas espécies de vertebrados como aves, focas, baleias e peixes que utilizam as águas subantárticas, estando na base da cadeia alimentar.

Nome atribuído a um grupo de pequenos roedores herbívoros encontrados na tundra ártica e nas regiões subárticas, pertencentes à família Cricetidae.

O programa LIFE+ financia projetos que contribuem para o desenvolvimento e a aplicação da política e do direito em matéria de ambiente. Este programa facilita nomeadamente a integração das questões ambientais nas restantes políticas e, de forma mais global, participa no desenvolvimento sustentável.

Região biogeográfica que engloba os arquipélagos dos Açores, da Madeira, das Canárias e de Cabo Verde.

Fenómeno que resulta de um derrame acidental ou intencional de produtos petrolíferos no mar, normalmente a partir de um petroleiro. Tem como consequência a contaminação do meio marinho, com efeitos altamente destrutivos e por vezes irreversíveis.

Organismo marinho que vive na faixa da coluna de água geralmente compreendida entre os 200 metros e os 1000 metros de profundidade.

Montanha subaquática que se eleva desde o fundo do oceano sem atingir a superfície e que, por norma, tem origem vulcânica, apresentando uma forma cónica e uma base circular, elíptica ou ligeiramente alongada. Apenas as elevações com mais de mil metros são consideradas montes submarinos.

Fenómeno biológico característico das aves, através do qual é feita a renovação da plumagem. Pode ser parcial ou total e geralmente ocorre em períodos específicos do ano, dependendo das espécies em questão.

Mamíferos carnívoros pertencentes à família Mustelidae. Esta família, a maior da ordem Carnivora, inclui os furões, as doninhas, as fuinhas, as lontras, os texugos, entre muitos outros.

Animal que se alimenta de cadáveres ou partes desses, que procura ativamente mas sem caçar.

Arte de pesca constituída por uma linha principal (madre) de onde derivam linhas secundárias às quais são fixados anzóis. É deixado no mar, podendo ser colocado no fundo para capturar espécies de profundidade (e.g. peixe-espada) ou à superfície para capturar os grandes peixes pelágicos (e.g. espadarte).

Zona ou ambiente onde vivem normalmente os seres vivos que não dependem dos fundos marinhos. É o ambiente ecológico típico das águas oceânicas abertas. O ecossistema pelágico não abrange apenas o alto-mar, dele fazendo parte também as águas que cobrem a plataforma continental. A zona pelágica começa abaixo da zona de influência das marés, prolongando-se até ao alto-mar, em profundidades que variam desde algumas dezenas de metros até aproximadamente 6000 metros, dividindo-se em diferentes camadas.

Organismos aquáticos, geralmente pequenos, que se encontram em suspensão na água e derivam com as correntes. O plâncton pode ser formado por plantas (fitoplâncton), animais (zooplâncton) ou por outros organismos como bactérias.

Porção do fundo marinho que começa na linha de costa e desce, com um declive suave, até ao talude continental (onde o declive é muito mais pronunciado). Em média, a plataforma continental desce até uma profundidade de 200 metros.

Vermes anelídeos pertencentes à classe Polichaeta.

Referente ao período que sucede à reprodução.

Referente ao período que antecede a reprodução.

Quantidade de matéria orgânica produzida por unidade de tempo (geralmente um ano). A produtividade primária refere-se à quantidade de matéria orgânica produzida pelos produtores primários - as algas, no meio aquático ou marinho, ou as plantas no meio terrestre.

Rede de malha geralmente pequena e bem visível utilizada pelas traineiras na captura de pequenos peixes pelágicos, como as sardinhas ou as cavalas. Depois de localizar o cardume, a rede é lançada a partir de uma embarcação que o cerca completamente, impedindo a fuga dos peixes, sendo posteriormente içada. Se operada devidamente é uma arte de pesca seletiva.

Rede estática frequentemente invisível e com malhagem de dimensão variável, utilizada na captura de uma grande variedade de peixes. É deixada no mar a profundidade variável sendo posteriormente recolhida. É uma arte de pesca não seletiva que captura com muita frequência aves, mamíferos e répteis marinhos.

Rede de áreas designada para conservar os habitats e as espécies selvagens na União Europeia. Resulta da implementação de duas diretivas comunitárias: a Diretiva Aves e a Diretiva Habitats, relativa à proteção dos habitats e da fauna e flora selvagens.

Porção do pescado capturado em embarcações de pesca comercial que é devolvido ao mar, muitas vezes morto ou moribundo. Os peixes rejeitados pertencem muitas vezes a espécies sem valor comercial, indivíduos abaixo do tamanho mínimo de captura permitido por lei, ou a indivíduos cujo desembarque não é permitido, por exemplo devido a restrições de quota. Pode também ser composto por partes do pescado, designadamente vísceras e cabeças, que após o processamento a bordo, são rejeitadas e deitadas ao mar. As rejeições têm um forte impacto no ecossistema marinho, e definem muitos aspetos da distribuição, procura de alimento e dinâmica populacional das aves marinhas, nomeadamente de indivíduos e espécies que têm como hábito seguir embarcações.

Rota migratória utilizada pelas aves que se encontram em trânsito entre as suas áreas de nidificação nos Estados Unidos, Canadá, Gronelândia, Sibéria e países do norte da Europa, e as áreas de invernada desde a Europa Ocidental até à costa sul-africana. Esta é uma das oito grandes rotas utilizadas por limícolas e aves costeiras a nível mundial, e é utilizada por dezenas de milhões de aves anualmente.

Área considerada relevante para a preservação de habitats e de espécies característicos de uma zona biogeográfica europeia, de acordo com a Diretiva Habitats.

Forma de pesca na qual os stocks (ou unidades populacionais) de peixe são explorados até níveis inaceitáveis do ponto de vista biológico e ecológico. A sobrepesca de certas espécies-chave, como é o caso dos tubarões, pode levar ao colapso dos ecossistemas marinhos.

Porção do fundo marinho com declive muito pronunciado que fica entre a plataforma continental e a margem continental, onde começam as planícies abissais.

Nome dado às extensas planícies com vegetação rasteira, sem árvores, características das regiões árticas e subárticas. A tundra é geralmente uma região muito fria e com reduzida precipitação.

De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, os países costeiros têm direito a declarar uma ZEE de espaço marítimo para além das suas águas territoriais. A ZEE nacional é delimitada por uma linha imaginária situada a 200 milhas náuticas da costa e separa as águas nacionais das águas internacionais ou comuns. Dentro da sua ZEE, cada estado goza de direitos como: o direito à exploração dos recursos marinhos, o direito à investigação científica e o direito a controlar a pesca por parte de embarcações estrangeiras.

Área de importância comunitária em que se aplicam medidas para a manutenção ou restabelecimento do estado de conservação das populações das espécies de aves selvagens inscritas no Anexo I da Diretiva Aves. Destinam-se às espécies mencionadas naquele anexo e pretendem garantir a sua sobrevivência e reprodução, a conservação dos seus ovos, ninhos e habitats, assim como a espécies de aves migratórias não referidas no mesmo anexo, mas cuja ocorrência no território nacional seja regular.