Gaivota-pequena
Ficha Técnica
Espécie Marinha
Laridae
Hydrocoleus minutus
Little Gull
Fenologia no ContinenteMigrador de passagem e invernante
Fenologia na MadeiraAcidental
Fenologia nos AçoresAcidental
Frequência de ocorrência
Continente
Madeira
Açores
Mapa de Distribuição
Apresentação
Distribuição, movimentos e fenologia
Esta gaivota nidifica na Escandinávia, nos estados Bálticos, na Rússia e na Sibéria e também na região dos Grandes Lagos dos EUA. Fora da época reprodutora migra para os mares Mediterrâneo, Negro e Cáspio e para a costa nordeste americana[4]. Em Portugal Continental, a espécie ocorre pontualmente ao longo de toda a faixa litoral, sendo observada sobretudo durante os períodos de passagem migratória e durante o inverno[2]. Apesar de os movimentos da espécie estarem mal documentados, a maioria dos indivíduos das populações da Europa Ocidental deverá invernar e migrar no mar, ocorrendo sobre a plataforma continental [8][4]. A ocorrência da espécie em maior número no litoral está relacionada com condições climáticas adversas, sobretudo com ventos fortes de oeste[2]. As aves observadas em Portugal deverão ser provenientes das populações russas e do mar Báltico[4]. Parte dos indivíduos que se observam em migração na nossa costa poderá invernar no Mediterrâneo Ocidental, onde se localiza a mais importante área de invernada da espécie no Paleártico Ocidental[6]. Nos Açores são muito raros os registos desta gaivota[10], sendo também excecional a sua ocorrência no arquipélago da Madeira.
Abundância e evolução populacional
É uma espécie bastante escassa em Portugal Continental, cujas observações envolvendo um maior número de indivíduos se referem apenas a algumas dezenas de aves[2][9]. Em janeiro de 1996 foram registados 41 indivíduos durante as contagens de aves invernantes em zonas húmidas portuguesas[3]. O registo mais elevado da espécie no nosso país envolveu 120 a 150 aves no estuário do Douro[7] no período de migração pré-nupcial. O facto de esta gaivota apresentar hábitos pelágicos pode explicar o número muito reduzido de indivíduos registados na Península Ibérica em censos costeiros[1]. Nos censos marinhos realizados no âmbito do presente atlas, a gaivota-pequena não foi registada no período de inverno. No mar, a espécie apenas foi registada isolada ou em pequenos grupos nos meses de março e de abril, sendo a maioria destes registos relativos a 2009, após um período de fortes tempestades no Atlântico Norte[11].
Ecologia e habitat
Durante a época reprodutora esta gaivota frequenta zonas húmidas interiores, enquanto que durante a época de invernada e de migração ocorre junto ao litoral. Em Portugal pode ser observada ao longo da faixa costeira, em praias, zonas estuarinas, lagoas costeiras, complexos de salinas ou aquaculturas[2]. A espécie é essencialmente insetívora durante os meses de nidificação, variando a sua dieta nos meses de inverno para passar a incluir também pequenos peixes e invertebrados marinhos[4].
Ameaças e conservação
A nível global, a tendência das populações desta espécie é de ligeiro aumento[5][12], não havendo informação disponível em Portugal que permita confirmar esta tendência. Não são conhecidas ameaças específicas para esta gaivota sendo a situação das suas populações pouco preocupante.
Galeria
Referências
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Bermejo A, Carrera E, de Juana E & Teixeira AM (1986). Primer censo general de gaviotas y charranes (Laridae) invernantes en la Península Ibérica (Enero de 1984). Ardeola 33: 47–68
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Catry P, Costa H, Elias G & Matias R (2010a). Aves de Portugal, Ornitologia do Território Continental. Assírio e Alvim, Lisboa
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Costa LT & Rufino R (1996). Contagens de aves aquáticas em Portugal – Janeiro de 1996. Airo 7:69-76
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del Hoyo J, Elliot A & Sargatal J (eds.) (1996). Handbook of the birds of the world. Vol. 3. Lynx Edicions, Barcelona
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Delany S & Scott D (2006). Waterbird population estimates. Wetlands International, Wageningen, The Netherlands
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Finlayson JC (1992). Birds of the Strait of Gibraltar. T & AD Poyser, London, UK
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Hoogendoorn W, Adriaens P, Cederroth C, Smet G & Lindholm A (2003). Interesting gull records at Porto, Portugal, in March-April 2001. Dutch Birding 25 (4): 235-246
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Hutchinson CD & Neath B (1978). Little Gulls in Britain and Ireland. British Birds 71: 563-582
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Observações publicadas em Noticiários Ornitológicos, ver Publicação – pág. 207
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Birding Azores (2014). Birding Azores database.
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AEMET - Agencia Estatal de Meteorologia (2011). Análisis preliminar de la situación del 22-25 de enero de 2009. Un caso de ciclogénesis explosiva extraordinaria.
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BirdLife International (2014). IUCN Red List for birds.