Gaivota-de-sabine

Gaivota-de-sabine

Espécie Marinha

Laridae

Xema sabini

Sabine's Gull

Fenologia no ContinenteMigrador de passagem

Fenologia na MadeiraMigrador de passagem

Fenologia nos AçoresMigrador de passagem

Frequência de ocorrência

Continente

Madeira

Açores

Distribuição, movimentos e fenologia

A gaivota-de-sabine nidifica no Ártico tendo uma distribuição circumpolar durante a época reprodutora[2]. As populações atlânticas nidificam no Ártico canadiano e na Gronelândia, migrando para sudeste após a reprodução, em direção ao sudoeste africano[5]. No seu percurso para áreas de invernada, nas águas frias da corrente de Benguela, estas gaivotas passam pela nossa ZEE [2]](#ref02)[5]](#ref05). A migração pós-nupcial da espécie inicia-se em agosto, prolongando-se até novembro; e a passagem pré-nupcial decorre de fevereiro até abril ou mesmo maio[1]. Esta gaivota raramente é observada perto de costa, a não ser em alturas de tempestades com fortes ventos de oeste ou de noroeste.

Abundância e evolução populacional

Em Portugal Continental a maioria das observações conhecidas da gaivota-de-sabine é relativa à passagem outonal[1], embora nos censos de mar seja igualmente comum durante a primavera, estação em que decorre a migração pré-nupcial. A espécie aparenta ser mais comum fora ou no limite da plataforma continental. Esta gaivota costuma ser observada isolada ou em pequenos bandos, sendo no entanto de salientar uma observação de 300 a 400 indivíduos na foz do rio Minho em novembro de 1999, que muito provavelmente se ficou a dever a circunstâncias meteorológicas excecionais[4]. Não existe informação disponível que permita avaliar a tendência da espécie nas nossas águas. A sua abundância deverá estar subestimada no nosso país, em especial nas águas continentais, fruto do reduzido número de observadores nas águas ao largo, onde a espécie ocorre.

Ecologia e habitat

Esta gaivota tem hábitos marcadamente pelágicos fora do período reprodutor[3]. Aquando das passagens migratórias, forma bandos que podem envolver desde algumas aves até algumas centenas de indivíduos, juntando-se em grupos mais pequenos durante o inverno[2]. Fora da época reprodutora, a gaivota-de-sabine alimenta-se provavelmente de pequenos peixes pelágicos[5], sendo atraída com frequência por barcos de pesca[6].

Ameaças e conservação

Não são conhecidas ameaças específicas para esta espécie e a situação das suas populações não causa preocupações, apesar de amplamente desconhecida.

Referências

  1. Catry P, Costa H, Elias G & Matias R (2010a). Aves de Portugal, Ornitologia do Território Continental. Assírio e Alvim, Lisboa

  2. del Hoyo J, Elliot A & Sargatal J (eds.) (1996). Handbook of the birds of the world. Vol. 3. Lynx Edicions, Barcelona

  3. Olsen KM & Larsson H (2004). Gulls of Europe, Asia and North America. Christopher Helm, London

  4. Relatórios do Comité Português de Raridades, ver Publicação – pág. 207

  5. Stenhouse I, Egevang C & Phillips RA (2011). Trans-equatorial migration, staging sites and wintering area of Sabine’s Gulls Larus sabini in the Atlantic Ocean. Ibis 154: 42–51

  6. Valeiras J (2003). Attendance of scavenging seabirds at trawler discards off Galicia, Spain. Scientia Marina 67 (Suppl. 2): 77-82