Negrola-d’asa-branca

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Espécie Marinha

Anatidae

Melanitta fusca

Velvet Scoter

Fenologia no ContinenteAcidental

Fenologia na MadeiraAusente

Fenologia nos AçoresAcidental

A negrola-d’asa-branca nidifica sobretudo na Escandinávia e na Rússia Ocidental e Central, invernando maioritariamente no mar Báltico e nas costas da Europa Ocidental[2]. A espécie é acidental no território continental e encontra-se ausente dos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Os registos deste pato no nosso território foram todos efetuados no período de inverno, entre dezembro e março, maioritariamente em meio estuarino e geralmente no norte do país[4][3]. Alguns destes registos podem estar associados a condições climáticas adversas e prolongadas no norte da Europa[1]. Nos censos marinhos realizados no âmbito deste trabalho, a espécie foi registada por três vezes (duas delas na zona da ria de Aveiro) envolvendo um total de 12 indivíduos. De referir ainda que esta negrola se encontra em declínio muito acentuado, principalmente no mar Báltico, área que alberga a maioria da população da espécie[6]. A negrola-d’asa-branca está classificada pela IUCN como globalmente “Em Perigo”, devido nomeadamente a ameaças em meio marinho e fora dos locais de reprodução. Este pato marinho é especialmente vulnerável à contaminação por hidrocarbonetos e por outros poluentes (cujo impacto potencial é grande, uma vez que grande parte da população mundial inverna numa área reduzida) e à captura acidental em artes de pesca, em particular, em redes de emalhar [5][6]

Referências

  1. Catry P, Costa H, Elias G & Matias R (2010a). Aves de Portugal, Ornitologia do Território Continental. Assírio e Alvim, Lisboa

  2. del Hoyo J, Elliot A & Sargatal J (eds.) (1992). Handbook of the birds of the world. Vol. 1. Lynx Edicions, Barcelona

  3. Observações publicadas em Noticiários Ornitológicos, ver Publicação – pág. 207

  4. Relatórios do Comité Português de Raridades, ver Publicação – pág. 207

  5. Zydelis R, Smal C & French G (2013).The incidental catch of seabirds in gillnet fisheries: A global review. Biological Conservation 162: 76–88

  6. BirdLife International (2014). IUCN Red List for birds.