Casquilho

Casquilho

Espécie Marinha

Oceanitidae

Oceanites oceanicus

Wilson's Storm-petrel

Fenologia no ContinenteMigrador de passagem

Fenologia na MadeiraMigrador de passagem

Fenologia nos AçoresAcidental

Frequência de ocorrência

Continente

Madeira

Açores

Distribuição, movimentos e fenologia

O casquilho reproduz-se nos mares do hemisfério sul, na Antártida e em ilhas subantárticas, entre novembro e abril[2]. Esta espécie distribui-se por toda a ZEE nacional, principalmente no Continente e nos Açores. Só muito raramente é avistada a partir de terra[1]. É sobretudo no verão e no outono que visita as nossas águas, desaparecendo progressivamente na segunda metade do outono, possivelmente pelo facto de a maioria dos indivíduos ter já iniciado a migração de regresso às colónias de reprodução[2]. Durante o inverno, este painho está ausente da ZEE nacional, sendo ainda relativamente raro durante a primavera.

Abundância e evolução populacional

Apesar de ser uma espécie comum nas águas nacionais, não existem estimativas da abundância ou informação que permita avaliar a evolução da população. Existem vários registos de mais de 50 aves observadas num único dia, nas águas do Continente, sobretudo na sua metade sul. As maiores concentrações foram registadas junto ao Continente em agosto de1999, com cerca de 240 aves observadas a cerca de 15 milhas náuticas da costa ao largo do cabo Espichel[1]; em setembro de 2011, quando se observaram 170 indivíduos numa área de quatro a sete milhas náuticas ao largo de Portimão[3]; e em Agosto de 2010, envolvendo cerca de 250 indivíduos, no banco Princesa Alice, a cerca de 50 milhas náuticas a sudoeste da ilha do Pico, nos Açores[4]. Neste último local, existe também um registo interessante de 70 aves, efetuado em setembro de 2009[4].

Ecologia e habitat

O casquilho prefere áreas pelágicas particularmente ricas em plâncton[2], muitas vezes situadas na orla das plataformas continentais ou junto a montes submarinos. Em Portugal Continental, ocorre desde as zonas de mar menos profundo até às zonas mais oceânicas. A sua dieta é composta por crustáceos planctónicos, peixes, cefalópodes e outros pequenos organismos marinhos. Pode ainda alimentar-se de carcaças de outros animais.

Ameaças e conservação

A nível global a espécie encontra-se aparentemente estável, sem indícios de declínio populacional ou de eventuais ameaças[5].

Referências

  1. Catry P, Costa H, Elias G & Matias R (2010a). Aves de Portugal, Ornitologia do Território Continental. Assírio e Alvim, Lisboa

  2. del Hoyo J, Elliott A & Sargatal J (eds.) (1992). Handbook of the birds of the world. Vol. 1. Lynx Edicions, Barcelona, Spain

  3. Noticiários Ornitológicos, ver Publicação – pág. 207

  4. Birding Azores (2014). Birding Azores database.

  5. BirdLife International (2014). IUCN Red List for birds.